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15 abril 2013

THE NEW YORK TIMES ENTREVISTA HAYLEY




Crescendo em um regime musical de Presley e Blondie
Hayley Williams, do Paramore, fala sobre o novo álbum

A banda pop-punk do Tennesse Paramore, liderada por Hayley Williams dá chance à reinvenção. O quarto álbum auto-intitulado, recém lançado pela Fueled By Ramen, segue dois anos da agitação em que os irmãos Josh e Zac Farro, o guitarrista e o baterista co-fundadores da banda, deixaram-na. Em seu blog,  Josh Farro chama Paramore de “uma banda fabricada por uma grande gravadora” e acusa Williams de roubar a cena.

Ela defendeu sua banda e sua autenticidade na MTV. (Zac Farro mais tarde disse que seu irmão arrependeu-se de ter escrito o post)Agora, os membros restantes – Srta. Williams, a “cabelo de Tang”, cantora e compositora; o guitarrista e compositor Taylor York;  e o baixista Jeremy Davis – se reorganizaram como um trio, trabalhando com o produtor Justin Medal-Johnsen, que gravou com Beck e M83. “Ele nos deixou ser a banda que nós precisávamos ser e isso meio que acalmou nossa tempestade”, Williams disse. “E nós descobrimos quando nós nos alavancamos e estávamos um poucos menos assustados com nossas influências como músicos, nossos limites se tornaram muito maiores”.”Se você ainda não escutou outros álbuns do Paramore”, ela acrescenta, “comece por esse, não pelo primeiro”.

No ano passado, Williams, 24 anos, também se mudou da sua casa em Nashville para um apartamento alugado em Los Angeles, e de certa forma ela ficaria mais próxima a seu namorado, Chad Gilbert, guitarrista da banda de rock New Found Glory. Mas ela estava muito ansiosa para estar de volta à estrada, mesmo nos menores palcos em que ela começou.”Obviamente, não foi um mar de rosas viajar em uma van por vários anos; foi uma tarefa difícil”, ela diz. “Eu lembro que meu bumbum adormecia o tempo todo por sentar tanto na van. Mas eu sou uma pessoa super nostálgica. É uma velha energia realmente ótima de se sentir”Ela conversou com Melena Ryzik em um ponto de parada da tour em Londres sobre a quase-separação e um encontro em família com Elvis Presley. Seguem os trechos da entrevista.
Como foi escrever sem Josh e Zac?
Nós começamos a escrever, e nós estávamos fazendo coisas que já tínhamos feito antes, e isso estava muito chato. Não havia inspiração. Eu lembro de levar a Taylor uma melodia qualquer que eu salvei meus vocais e nós transformamos  em uma música chamada “True”. Aquilo soava como Paramore. Nós temos 23 músicas que todas soam como se viessem de diferentes vertentes. Nós estávamos com dois homens a menos e algo imprevisível [teve que acontecer].
O que você escuta para inspirar-se?
Geralmente gosto muitas músicas antigas. Se eu estou ouvindo uma nova banda de sucesso, é por causa do Taylor. Eu realmente não sou uma garota Pitchfork [site de música com bandas independentes]. Eu estava escutando The Shirelles e The Angels, um dos meus favoritos e até Blondie e Ramones e esse período de punk rock. Eles estavam escrevendo músicas pop, mas elas eram tocadas por bandas punk. Todo dia no carro era tipo, “por que eu não posso tocar ‘Heart of Glass’?”. Nós finalmente escrevemos uma música chamada “Daydreaming” que é uma cópia total de “Dreaming” de Blondie, porque eu não poderia pensar em um título melhor.
Como você lidou com a divisão da banda?
Eu tentei muito negar isso por um tempo. A primeira música que fizemos uma demo foi “Proof”, uma música romântica. Eu só queria ficar longe da situação. Até que eu percebi que nós três estávamos lidando com isso. Nós percebemos muito rapidamente que cada um de nós precisava um do outro como uma válvula de escape. Eu estava tentando ser intencional sobre não me diminuir ou ficar brava, mas usando a esperança que senti que realmente tínhamos um futuro, como um combustível, e pra me iluminar por dentro.
Você cresceu muito nesse período?
Tudo isso me levou para a vida adulta. Tudo o que aconteceu, começando pelos garotos deixando a banda. Esse era o intervalo final daquele tema “Goonies” que eu tinha quando criança:  Nós seremos uma banda, e ela será chamada Paramore, e nós vamos sair mundo afora e mandar ver. Eu me identifiquei com aquela trama de Lost Boys. Eu olho para trás agora e penso: eu alguma hora cresceria se eu seguisse esse sonho desfeito que eu tinha? Eu olho as fotos de nós  três logo após a separação e nós estávamos parecendo criancinhas. E agora vejo nossas fotos e Taylor parece um homem. Eu não sei se pareço mais velha, mas me sinto mais velha. Você tem uma escolha: Deixar isso te diminuir e te torturar ou te moldar para algo melhor.
Você tem um estilo poderoso como líder. Você tem alguma modelo de performance?
Crescer assistindo um monte de bandas mais pesadas tocarem, algumas bandas hardcore e outras mais pro metal, eu gostava dessa energia – cantores como Josh Scogin de Norma Jean. Agora eu olho pessoas como Freddie Mercury e penso “como uma pessoa consegue fazer isso?”. Karen O eu acho incrível… Eu também sou muito inspirada por Elvis. Eu meio que cresci com ele. Meu avô, sua tia-avó ou tia, cuidou de Elvis quando a mãe dele morreu. Meu avô era completamente obcecado. Ele era um completo curador de coisas do Elvis. Eu lembro de procurar no YouTube por Elvis e Johnny Cash quando não conseguia dormir. O quão legal seria tocar em shows como aqueles? É trabalhoso crescer em um tempo cujas pessoas não mexiam seus quadris na TV e eles tiveram a audácia de fazer isso.
O que você pensa sobre ser chamada de emo?
Aos meus 16, 17 anos, eu odiava. Agora tenho 24 anos e estou tentando trazer de volta. Emo para mim, crescendo, eram bandas como Sunny Day Real Estate. A maioria dessas bandas foram acabando-se com o tempo em que entrei em contato com seus álbuns. Eu apenas penso nelas como emotivas e eu quero escrever músicas emotivas. Então digo, vamos trazer de volta.

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